3  tratamentos que tornam a maternidade possível

A maternidade é o sonho de muitas mulheres. Por vezes, ela vem sem avisar, trazendo surpresa para a família e, tantas outras vezes, o casal se programa e ela acontece exatamente como planejado. Mas em outros casos, é preciso enfrentar o diagnóstico e tratamento da infertilidade para alcançar a maternidade.

Há diversos fatores que podem causar infertilidade na mulher e no homem e o acompanhamento médico é fundamental para um diagnóstico e orientação quanto a possíveis tratamentos.

Graças aos avanços da medicina, hoje é possível atravessar a infertilidade até o positivo por meio de diversos tratamentos e técnicas da Reprodução Assistida que são orientados e indicados pelo médico de acordo com o histórico de cada paciente e casal. 

Conheça agora três dos tratamentos e técnicas da Reprodução Assistida mais comuns:

  1. Coito programado

Também conhecido como relação sexual programada, é o tratamento mais simples e consiste no monitoramento do ciclo reprodutivo da mulher, estimulada ou não, por meio de ultrassons seriadas para que o casal tenha relações sexuais no período mais propício à fecundação. Dessa forma, é possível encontrar o dia com mais chances de gravidez.

Algumas questões são consideradas ao escolher esse método, entre elas, o fator ovulatório, considerando-se também a idade da mulher e seu estado de saúde. O coito programado também é uma indicação para os casos de infertilidade sem causa aparente.

Em alguns casos, são utilizados medicamentos para estimular a ovulação. Por meio de medicamentos hormonais é feito o estímulo e o médico indicará as possíveis datas para que o casal tenha relações sexuais, por isso o nome “coito programado”.

  1. Inseminação artificial

Este é um tratamento de baixa complexidade e o sêmen é inserido no útero da mulher no período da ovulação. Esta é uma opção de tratamento indicada em situações na qual o esperma não tem mobilidade necessária para se deslocar pelo corpo feminino ou existem alterações anatômicas no colo do útero. A indicação é feita para otimizar as chances de encontro do óvulo com o esperma.

Dependendo do grau de fertilidade da mulher, pode-se realizar um ciclo de estimulação ovariana para garantir que um ou mais óvulos estejam maduros e disponíveis para a fecundação. Quando houver o amadurecimento do óvulo, é feita a coleta do sêmen que será submetida a análise clínica com o objetivo de selecionar os melhores espermatozoides e aumentar as chances de sucesso da inseminação.

Posteriormente, os espermatozoides selecionados são inseridos diretamente na cavidade uterina.

A inseminação artificial também é uma opção para mulheres sem parceiro que desejam se tornar mães e também para casais de mulheres. Nestes casos, o procedimento é o mesmo, porém com amostra de sêmen de um doador.

3. Fertilização in Vitro (FIV)

Trata-se de uma técnica de alta complexidade da reprodução humana assistida na qual é feita a coleta dos óvulos para serem fertilizados em laboratório e posteriormente transferidos já como embriões para o útero. 

Ou seja, o médico induz a ovulação, seleciona os espermatozoides e promove a fecundação. Todo esse procedimento é feito em ambiente laboratorial, por isso se chama in vitro. Com o embrião em estágio de blastocisto, o médico o transfere para o útero.

Esse tratamento costuma ser indicado em situações que comprometem a ovulação como fator tubário, fator ovulatório e endometriose. Também é uma opção em situações nas quais a produção de esperma do parceiro possui algum comprometimento de leve a moderado, levando a uma dificuldade para engravidar.

E se nada disso der certo?

Um fato que precisamos ter em mente é que, ainda com todos os avanços da medicina, nenhum desses tratamentos oferecem 100% de garantias, embora potencializem as chances. É comum criar altas expectativas e vivenciar um mix de sentimentos, pois as opções de tratamento oferecem novas possibilidades e esperança para a chegada do tão sonhado positivo. Em meio a tudo isso, é bastante comum que intensa ansiedade e estresse esteja presente na vida da mulher e do casal.

Na falta de controle e garantias do processo, o acompanhamento psicológico o torna mais leve, permitindo que a mulher e o casal alinhe suas expectativas à realidade e vivencie esse momento com mais consciência e bem-estar. A psicoterapia abre espaço de fala e escuta sem julgamentos, além de promover cuidado e acolhimento ao longo do percurso.

Fez sentido para você?

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Camila V. S. Gaspar | Psicóloga Perinatal e da Reprodução Humana Assistida | CRP 06/182380 

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